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11 de maio de 2008

Entrevista com Miyazaki sobre Nausicaä (Parte 1)

Em Janeiro de 1995, o fanzine japonês Comic Box publicou uma série de artigos sobre Hayao Miyazaki. Entre eles uma longa entrevista realizada por Ryo Saitani sobre o fim de Nausicaä. A partir de hoje, o Go-panda, vai postar esses artigos traduzidos, a começar pela ótima entrevista. Leia com cuidado, pois apesar de não ter nenhum grande spoiler nessa primeira parte, ambos fazem referências a trechos da série que ainda não foram lançados no Brasil.

Ryo Saitani: Gostaria que você contasse como aconteceram as mudanças na história e nos personagens do começo para o final e comparasse as versão animada e a versão em quadrinhos. Além disso, acredito que a Nausicaä seja uma personagem muito especial, então gostaria que você falasse sobre ela separadamente dos outros personagens e falasse também sobre a teoria dela.

Miyazaki: "Teoria" é uma palavra estranha. Eu acho que eu não a usaria.

Ryo: Entendo. Gostaria de fazer algumas perguntas sobre Nausicaä no contexto da obra como um todo. Gostaria de saber como a sua visão do mundo e da civilização estão refletidas em Nausicaä

Miyazaki: Isso não é algo que eu possa dizer assim [risos]. Isso deveria ser discutido por outras pessoas.

Ryo: Quais são as suas considerações sobre os personagens? E como o papel de cada um mudou desde o começo? Eu ouvi dizer que os personagens geralmente agem por si mesmo, mas isso realmente aconteceu ou você estava controlando as ações deles? Por favor, fale um pouco sobre eles.

Miyazaki: Se eu tivesse escrito a história de uma vez, eu ainda estaria empolgado com ela e poderia falar sobre ela. Mas ela foi escrita durante muito tempo e quando eu a terminei, ela havia se transformado em algo "maçante", então eu não quero falar sobre isso.

Quando a série terminou, eu não tive nenhum sentimento de realização, nenhum sentimento do tipo "Acabei! Eu consegui!". Em 1993, eu pensava que a séria seria acabada em um ano, mas apesar de eu ter trabalhado fervorosamente por dois meses depois disso, eu ainda não estava satisfeito. Eu sabia que fisicamente eu estava pronto para terminá-la. Saiba que eu não tinha ninguém me pressionado para acabá-la naquele momento, foi algo que decidi por mim mesmo. O editor me disse que eu poderia continuá-la por quanto tempo eu quisesse.

Assim, decidi acabá-la por espontânea vontade. Mas ainda tive dúvidas se isso era o certo a fazer, então eu evitei ficar olhando a história até aquele ponto. Eu havia recebido cópias de todos os capítulos do Yoshi Kobayashi (o encarregado do departamento de edição da Animage), mas não senti vontade de lê-los. Eu estava assustado. [risos] Finalmente, para terminar o ultimo volume, eu olhei os capítulos 2 dias antes de entregar tudo. Não sem tremer muito. De certa forma eu estava aliviado. Eles estavam [muito]* bons - apesar de ser estranho dizer isso sobre o próprio trabalho. Não que eu tivesse esquecido aquilo que havia escrito, e sim que eu me esforcei para esquecer. Foi assustador. O que eu escrevi? [risos] Foi doloroso. É verdade! Eu ainda fiquei imaginando se aquela era a conclusão adequada para Nausicaä, mas não conseguia me convencer. Até agora não tenho certeza.

Ryo: Acho que pode ter sido melhor terminar a história em um ano. Nos últimos sete dias da história, no cemitério de Shuwa, o clima da história havia mudado e ela foi concluída toda de uma só vez. De um ponto decisivo, até o clímax, foi excitante, mas a história até aquele ponto tinha provocado uma atmosfera de alta civilização, e logo ela se transformou em espiritualismo ou misticismo.

Miyazaki: Sim, de fato, Isso ocorreu devido ao fato de Nausicaä e o Ohmu estavam juntos sem mais ninguém.

Ryo: E isso foi bom, não foi? Apesar de fazer parecer que a história foi concluída de uma só vez.

Miyazaki: Continuar Nausicaä por aquele ultimo amo foi realmente difícil apesar de não saber exatamente o porquê. Acho que o problema era que eu tinha que escrever o que eu não sabia!! Escrever o que se sabe é uma coisa, mas eu tinha que escrever sobre o que eu não sabia. Quando dei vazão as minhas confusas idéias, vários pontos fracos apareceram e eu tive que lidar com eles.

Em outras palavras, enquanto esses pensamentos sobre como o mundo de Nausicaä era estavam flutuando pela minha cabeça, eles ficavam colidindo com outras idéias, uma vez que eu estava planejando esse mundo desde 1980. E isso levou a vários problemas. Algumas coisas simplesmente não faziam sentido. O mundo não poderia ser tão inconsistente. Eu fui forçado a repensar o significado do Mar Podre, por exemplo, ou o que exatamente o Ohmu representa.

Quando eu estava escrevendo, eu não escrevi baseado presumindo que "isso" era lógico, então "aquilo" também tem que ser. Ao invés disso, eu pensava, se "isso" é o que vai acontecer, então "aquilo" é o que vai vir depois. Por exemplo, como eu já estava pensando que a Nausicaä se machucaria de alguma forma, eu presumi que ela iria acreditar que a mãe dela não a amava. Os leitores conseguiriam se compadecer com isso e isso iria dar-lhes uma alça na personagem. Para finalizar isso tudo, tudo deveria se unido, certo? [risos] Foi realmente cansativo. Eu tive que ir tão longe que cheguei a pensar no sentido da vida. Eu não sei, então foi muito difícil.

6 de maio de 2008

Castle in the Sky

Tenkuu no Shiro Rapyuta é o primeiro filme oficialmente considerado do Studio Ghibli; foi lançado em 1986 com o impulso dado pelo sucesso de Nausicaä (1984).

Mais conhecido como Laputa, o filme conta a história de uma garota chamada Sheeta que, tentando escapar de agentes de governo e de piratas do ar conhece Pazu, um garoto cujo sonho é encontrar Laputa, um castelo construído em uma ilha voadora! Juntos, os dois tem que lutar para não serem capturados enquanto procuram qual será a ligação de Sheeta com Laputa.

Apesar do enredo ser bolado pelo próprio Miyazaki, o nome Laputa - que pode parecer um pouco estranho para nós -, foi emprestado de Jonathan Swift, autor de Viagens de Gulliver. Apesar de Swift saber o que Laputa poderia significar em línguas latinas, como a palavra não tem significado algum para os japoneses, não se sabe se Miyazaki conhecia o outro sentido.

Quem conhece o Museu do Studio Ghibli provavelmente já viu a foto de uma escultura de um robô gigante cor de cobre ou a de um cubo de pedra com algumas inscrições. O robô é um dos personagens do filme e a pedra é um dos elementos da ilha voadora.

Para quem nunca assistiu Laputa, sinta-se a vontade para baixar pelos links abaixo:

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23 de abril de 2008

Lupin III: Castelo de Cagliostro já a venda!

É isso ai, tirem as verdinhas do bolso porque Lupin já está em pré-venda. Apesar do lançamento ser só dia 21 de Maio, várias lojas já estão disponibilizando a pré-venda. Parece que o DVD terá áudio em japonês, inglês e português e legendas em português. E o melhor de tudo: uma entrevista com o Miyazaki nos extras!! Por enquanto a pré-venda está na faixa de R$30,00 nos seguintes sites:

Cultura
DVD World
Saraiva


Lupin III: The Castle of Cagliostro é bem antigo, de 1979, época em que o Miyazaki nem tinha criado o Studio Ghibli ainda. Além desse filme - existem outros da série, mas de outros diretores - o Miyazaki também dirigiu alguns episódios da série de televisão, mas estes não foram lançados no Brasil ainda.

Lupin III é um ladrão daqueles bem simpáticos e divertidos que ganham a vida honestamente roubando aqueles que tem dinheiro demais. Em O Castelo de Cagliostro, Lupin decide investigar um reino misterioso após roubar um cassino e ver que todas as notas eram falsas.


Esse filme foi a primeira longa metragem do Miyazaki para os cinemas. Ver ele chegando por aqui depois de tanto tempo dá uma grande esperança pra quem espera outros lançamentos do Studio Ghibli. Garanta já o seu e faça o Studio Ghibli sentir o peso do Brasil!

22 de abril de 2008

Miyazaki no SESC Ipiranga

Apesar da fonte não ser clara, ai vai a noticia.

Dia 27 de Abril, como parte da programação da tradicional Virada Cultural em São Paulo, o sesc Ipiranga vai exibir Nausicaã, warriors of the wind. A dúvida que fica é se essa informação não foi divulgada errada, já que Nausicaã, warriors of the wind não é na verdade o Kaze no Tani no Nausicaä do diretor e sim uma cópia mal feita que assombrou, horrorizou e nauseou o Miyazaki quando ele viu.


O sesc também não deixou claro o horário da exibição, já que no site consta 15h00, mas não especifica o horário desse filme, já que serão 3 ao todo. Ainda por cima, parece que as legendas não serão em português e sim em espanhol. De qualquer forma, fica ai a dica. Será, como sempre, de graça. Para quem tiver interesse é bom ligar de graça no 0800 11 82 20 e dar uma verificada. Mandei um e-mail pra lá e quando responderem atualizo aqui.

O sesc Ipiranga fica na Rua Bom Pastor, 822 - aqui em São Paulo. No site tem o mapa pra quem quiser.

21 de abril de 2008

O Castelo Animado


Por ser o mais recente do Myazaki e ter estreado no Brasil a maioria já deve conhecer O Castelo Animado. Lançado no fim de 2004 o filme só chegou aqui na metade de 2005 e apesar de ter uma bilheteria tímida conquistou todo mundo que assistiu.


O enredo é o seguinte. Uma tímida jovem fabricante de chapéus é transformada em uma velha após desafiar uma poderosa feiticeira. Assim ela sai escondida de casa à procura de uma forma de se livrar da maldição até encontrar um mágico castelo com pernas e alma e um feiticeiro muito vaidoso que farão uma grande mudança em sua vida. A história é baseada no livro da inglesa Diana Wynne - a venda no Brasil - que aprovou a versão cinematográfica.


No começo, Castelo Animado não ia ser dirigido pelo Miyazaki. Pela primeira vez na história do Studio Ghibli um diretor de fora, no caso Mamoru Hosoda, iria ser o responsável. Hosoda é muito conhecido por ter feito dois filmes da série Digimon, mas isso não impediu que ele não passasse no teste exigido para dirigir uma longa no Studio Ghibli. Foi por isso que no fim o próprio Miyazaki acabou se encarregando da direção.


Devido à grande aceitação é fácil achar o DVD de Castelo Animado em lojas como a Saraiva Online ou até o DVD usado (e mais em conta) como na Boomerang

11 de abril de 2008

Porco Rosso

Porco Rosso era originalmente para ser uma curta-metragem que passaria durante os vôos da companhia aérea Japan Airlines, mas o Miyazaki se empolgou tanto com o filme que acabou transformando-o numa longa que estreou nos cinemas japoneses em 1992.

O filme conta a história de um ex-aviador do exército italiano que resolveu começar a voar por conta própria por causa da ascensão do fascismo na Itália e se torna um caçador de recompensas. Como todos os outros trabalhos do diretor, Porco Rosso é ótimo, sem cair em clichês.


Assim como Totoro, Porco Rosso foi lançado aqui no Brasil a muito tempo em VHS. Se eu conseguir essa cópia, que está dublada, posto aqui. Enquanto isso, vão os links da versão legendada.

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Ponyo ga kuru!

Foi confirmada no site oficial a data japonesa de lançamento de Ponyo. Vai ser dia 19 de Julho mesmo. Sobre as datas no resto do mundo ainda não foi dito nada. Foi revelado também um trecho do Trailer do filme de 1 minuto e 25 segundos, que será oficialmente mostrado dia 19 de Abril.


Suzuki, produtor executivo do Studio disse que surpreendentemente o filme está dentro do cronograma. Em média, 87% do filme já está pronto e nenhum atraso é esperado. Recentemente, Miyazaki estava decidindo como será o encerramento de Ponyo. Parece que dessa vez os créditos serão diferentes daquele estilo tradicional do Studio Ghibli.

É esperar pra ver ;]

4 de abril de 2008

Totoro Dublado!!

Estive muito atarefado esses últimos dias, por isso fiquei um tempo sem postar. Para compensar isso, hoje eu trouxe um presente.


Já perdi a conta de quantas pessoas eu já vi procurando uma versão dublada de Tonari no Totoro. Afinal, a primeira reação de quem vê Totoro geralmente é querer mostrar para o priminho, irmãozinho, etc que não sabe ler. O problema é que isso era impossível de encontrar. Era.

Fresquinho, ripei para quem quiser Totoro dublado copiado de um VSH original lançado aqui no Brasil aaaaaaaaanos atrás. Considerando as condições, a qualidade da imagem e do som não estão lá aquela coisa, mas o filme continua assistivel de qualquer forma e não perdeu a magia.


Espero que aproveitem!

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23 de março de 2008

A Viagem de Chihiro

A Viagem de Chihiro foi o primeiro filme do Studio Ghibli que lançou nos cinemas brasileiros. Conseqüentemente foi o primeiro filme Ghibli de muita gente, incluindo eu =D E é por isso que tenho um carrinho especial por esse filme!


A Viagem de Chihiro, dirigido pelo Hayao Miyazaki, conta a história de uma família do Japão moderno que está de mudança para uma nova cidade. No caminho eles se perdem e vão parar no que parecia ser um velho parque de diversões abandonado. Com fome, os pais de Chihiro comem a comida que estava posta em um dos restaurantes de lá, o que acaba os transformando em porcos. Ao anoitecer, o que parecia ser um parque de diversões mostra-se uma Casa de Banhos para deuses e espíritos comandada por uma gananciosa bruxa chamada Yubaba. Mimada e medrosa, Chihiro tem que lutar para conseguir salvar seus pais e sair daquele estranho mundo. Afinal, aquela garotinha assustada e deslocada descobre que tem uma imensa força interior e maturidade para enfrentar qualquer tipo de problema.


A protagonista Chihiro foi baseada na filha de um dos amigos do diretor e representa uma garota comum de 10 anos. Miyazaki se surpreendeu com a futilidade das histórias lidas pela garota e com isso resolveu criar um filme onde a protagonista se fortalecesse após uma experiência nova e estranha para ela.


A Viagem de Chihiro foi o primeiro filme do Miyazaki a ganhar o Oscar de melhor animação. Além disso, também ganhou o prêmio de melhor filme na Academia Japonesa de Cinema e o Urso de Ouro em Berlim, sendo a primeira animação a conseguir isso!


Após o término de Chihiro, Miyazaki anunciou que estava muito velho para trabalhar e iria se aposentar. Apesar de todo o estresse de seu trabalho e o mal causado a sua saúde pelo cigarro, Miyazaki voltou atrás e depois de Chihiro fez O Castelo Animado e está agora trabalhando em Ponyo que deverá estrear em Junho.

Como A Viagem de Chihiro já estreou no Brasil e pode ser encontrado praticamente em qualquer loja/locadora, dessa vez não tem download. Logo pretendo criar um guia de compras pra quem quiser comprar pelo menor preço.

Aquerela de Ponyo

Foi divulgada mais uma imagem do mais novo filme do Miyazaki, Gake no ue no Ponyo. É uma bela aquarela que mostra mais ou menos como será o cenário.


A esquerda, na península, pode-se ver Sosuke's House (a casa do protagonista) e Ponyo's beach, mais abaixo que será onde Ponyo provavelmente aparecerá pela primeira vez. A extrema direita da península, estão a creche Himawari e a casa de repouso. No centro está a cidade de Shinura. Clicando na imagem do mapa, você poderá ver uma versão ampliada e divertida da aquarela fornecida por ghibliworld.com


O Diário de Produção oficial do Studio Ghibli também anunciou que a parte de dublagem do filme já começou! Um dos dubladores de Ponyo inclusive já participou de outro filme Ghibli, só que ainda não se sabe quem é.
Ponyo já passou a marca de 160 mil células de animação. Para se ter uma idéia, apesar de ter uma duração bem menor do que O Castelo Animado, Ponyo já tem 12 mil frames a mais. O número de células é um dos fatores que influencia na qualidade do filme.

Majo no Takkyuubin

Majo no Takkyuubin ou O Serviço de Entregas da Kiki, em português, é uma animação dirigida por Hayao Miyazaki que estreou em 1989 e conta a história de uma bruxinha chamada Kiki, com seu gato chamado Jiji e o amadurecimento dos dois.
Ao completar 13 anos, seguindo a tradição de todas as bruxas, Kiki deve se mudar para uma cidade onde não tenha nenhuma bruxa morando e passar lá um ano morando sozinha numa espécie de "estágio". Após achar uma bela cidade a beira-mar, Kiki e Jiji passam por alguns problemas mas logo se acostumam com a vida independente.


Kiki é baseado num livro homônimo da escritora japonesa Eiko Kadono e do ilustrador Akiko Hayashi. Após assistir o filme, Kadono, que inclusive já morou no Brasil por 2 anos, ficou um pouco brava por causa das alterações que o Miyazaki fez no roteiro e foi muito difícil convence-la a permitir que o filme fosse lançado. No fim ela acabou cedendo.
Atualmente, o roteirista Jeff Stockwell foi contratado pela Disney para escrever uma versão live-action (com atores de carne e osso) de Kiki baseada nos livros de Kadono, mas mesmo se o projeto efetivamente sair, ele não terá nenhuma relação com o Studio Ghibli.


Como o filme não é vendido no Brasil, seguem os links pra quem quiser fazer o download do filme. Caso você seja de São Paulo veja este post. Além de mais legal, é muito melhor ver no cinema!

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De todos os do Miyazaki, Majo no Takkyuubin é o filme preferido do Hiro, um grande ilustrador brasileiro.

Studio Ghibli no SESC Paulista

Pode marcar no calendário. Dias 9, 10 e 15 de Abril você já tem compromisso marcado. O SESC Paulista (em São Paulo) está promovendo a Mostra Universo Anime e como sempre não poderiam faltar as obras do melhor estúdio de Animação. Serão 3 filmes, Nausicaä e Kiki, do Hayao Miyazaki e Tonari Yamada, do Isao Takahaka. Depois da ultima sessão de cada dia (serão duas) haverá também uma palestra com Careimi Ludwig Assman, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP.


Os outros dois filmes não-Ghibli que participarão da mostra são Story Of a Street Corner (download nos comentários) do diretor Osamu Tezuka e Paradise Kiss de Ai Yazawa. Curiosamente apesar de não ter nenhuma relação com o Studio Ghibli, Osamu Tezuka foi um dos caras que influenciou o trabalho do Hayao Miyazaki. Quando criança, Miyazaki adorava os mangas do Tezuka e que fez que ele desejasse se tornar um escritor de manga. Um dia porém, ao ver que seu estilo era quase um cópia do estilo do Osamu Tezuka, Miyazaki desistiu de escrever mangas para trabalhar com animação. Mas apesar de adorar os mangas de Tezuka, o Miyazaki não gosta nem um pouco das animações do Tezuka, como Story Of a Street Corner, chegando até a dizer que elas acabam com a indústria da animação japonesa. Agora fiquei curioso para assistir!

  • Dia 9/4, quarta, às 16h e às 19h30: Nausicaã, warriors of the wind (Dir. Hayao Miyazaki, 1984. Legendado, 116 min)
  • Dia 10/4, quinta, às 16h e às 19h30: Kiki’s delivery service (Dir. Hayao Miyazaki, 1989. Legendado, 103min)
  • Dia 15/4, terça, às 16h e às 19h30: My neighbours, the Yamadas (Dir. Isao Takahata, 1999. Legendado, 104 min)
A programação completa você pode ver aqui. O SESC paulista fica na Avenida Paulista, 119 em São Paulo. Como sempre é mostra é gratuita. Para assistir, basta retirar seu ingresso uma hora antes da sessão, tomando cuidado pra não ficar sem. Os filmes serão exibidos no Espaço Quinto andar =)

18 de março de 2008

Tonari no Totoro

Totoro é um filme que todo mundo deveria ver. Quando você ver uma daquelas listas "filmes que você deve ver antes de morrer", pode procurar que Totoro esta lá. Tonari no Totoro, ou Meu Vizinho Totoro foi dirigido por Hayao Miyazaki e lançado no Japão em 1988.


O filme conta a história de uma família que se muda de cidade para ficar mais perto do hospital onde a mãe está internada. Na floresta perto da nova casa a filha mais nova, Mei, e depois a mais velha, Satsuki, encontram um grande espirito da floresta chamado Totoro. Um dia, quando a Mei descobre que o estado de sua mãe piorou, ela sai sozinha à procura do hospital, acaba se perdendo e é ajudada pelo Totoro.


Esse filme é considerado uma autobiografia do diretor, porque quando o Miyazaki tinha 6 anos, sua mãe contraiu tuberculose e ficou doente por 9 anos, muitos desses internada no hospital. Na verdade, todos os filmes dele (e talvez de qualquer diretor) são de certa forma autobiográficos, pois têm uma grande influência pessoal do diretor como o respeito pelo meio ambiente, a paixão por aviões (seu pai fabricava lemes de aviões), etc.
Tonari no Totoro já foi inclusive lançado no Brasil em 1996 pela Flashstar, mas faz tanto tempo que hoje não é mais vendido e é muito difícil achar alguem que tenha uma cópia do filme. Por isso, vou deixar aqui os links pra quem quiser baixar:

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Para baixar DUBLADO veja esse tópico!


Ao contrário do que algumas pessoas pensam, não há e nem haverá uma continuação para Totoro; o próprio Miyazaki já disse numa entrevista que não gosta de continuar o que ele já fez. Apesar disso, no Museu Ghibli, foi exibida uma curta-metragem chamada Mei to Konekobasu, que usa os mesmos personagens, mas não chega a ser uma seqüência. Infelizmente nenhum curta que foi lançado no museu já saiu de lá, então para assistir a essa curta, só indo para o Japão mesmo - o que não é má idéia...

14 de março de 2008

Panda Kopanda

O nome desse blog é quase uma ofensa. Go-Panda é (ou era) pra ser uma homenagem ao filme Panda Kopanda. Mas a primeira heresia que eu cometi foi colocar num blog sobre o Studio Ghibli o nome de um filme que não é do estúdio. Mas até ai, tudo bem, porque quem dirigiu foi o Isao Takahaka (fundador Ghibli). O ruim mesmo foi ter usado a frustrante tradução americana ao invés do nome original. Panda Kopanda literalmente significaria "Panda, Bebê Panda" ou "Panda, Baby Panda", em inglês, mas sabe-se lá porque os tradutores acharam que Ko combinava com Go e ficou "Panda Vai Panda". Infelizmente o domínio Kopanda não estava disponível no blogspot, então acabou ficando Go-panda mesmo.


Mas deixando isso de lado, Panda Kopanda é um clássico do Takahaka e do Miyazaki de 1972-3. Embora ter sido feito antes da criação do Studio Ghibli, os dois já trabalhavam juntos no antigo Tokyo Movie Shinsha. Na verdade Panda Kopanda não é um filme. Trata-se de 2 OVAs sobre uma garotinha chamada Mimiko que tem que morar um tempo sozinha enquanto sua avó está viajando. Ao chegar em casa, Mimiko encontra um grande panda e um bebê panda que ela resolve transformar no seu marido e filho. No segundo OVA, um filhote de tigre chega na cidade junto com o circo e logo fica amigo da Mimiko e sua nova família.

Apesar da direção ser do Takahaka, as duas curtas tem mais a cara do Miyazaki, já que ele fez toda a parte de criação e desenho. E por causa disso, diz-se que Panda Kopanda é o precursor de Totoro, outro clássico do Miyazaki. Totoro é talvez o filme mais conhecido do Miyazaki e as semelhanças entre os dois são inegáveis. Kopanda e Totoro tem aberturas muito parecidas. Além disso, os dois tem bichos bem grandes, fofos e incrivelmente sorridentes como personagens. A Mimiko é praticamente uma mistura da Mei e da Satsuki (personagens de Totoro). Os dois filme tem até algumas cenas bem parecidas, mas mesmo assim nenhum deles perde a originalidade e os dois são bem gostosos de assistir =)


Pra quem não gosta de baixar, os dois OVAs estão disponíveis no YouTube. Só que sem legendas. Mesmo assim, fica a dica pra quem sabe japonês ou pra quem quer assistir mesmo sem entender nada como todo mundo já fez quando criança.

OVA 1 - - OVA 2
Parte 1 - Parte 1
Parte 2 - Parte 2
Parte 3 - Parte 3
Parte 4 - Parte 4

Além do YouTube, também da pra baixar os dois episódio por Torrent: Link Dessa vez, em inglês.
Infelizmente até agora nenhum Fansub traduziu Panda Kopanda pra português.


12 de março de 2008

Ponyo News!

Studio Ghibli acabou de anunciar o nome oficial em inglês de Gake no ue no Ponyo. Vai ficar Ponyo on the Cliff by the Sea. O nome em português ainda não foi divulgado. Alias, nem foi divulgado que o filme virá para cá, mas considerando que Chihiro e Castelo Animado vieram e fizeram sucesso, tenho quase certeza que Ponyo também virá.


Além disso os senhores Miyazaki e Suzuki deram mais algumas informações aleatórias sobre o filme! O Miyazaki explicou que no filme, mudou a ambientação de A Pequena Sereia de Hans Christian Andersen para o Japão atual e tirou a influência católica que a história tinha originalmente. Disse também que o filme contará a história de um garoto de 5 anos mantendo sua promessa e tem o intuito de mostrar a aventura e o amor entre duas crianças. Suzuki disse que Ponyo será um filme para pessoas de 8 a 80 anos.
A história se passará em Niura, uma pequena cidade de praia, e em lugares como Ponyo ga Hama (Praia Ponyo) e Kujira-jima (Ilha da Baleia). Há uma casa de repouso perto da creche onde Sousuke vive e terá algo de importante nela.


Miyazaki ainda contou mais um pouco a ambientação: "Uma pequena cidade na costa e uma casa num rochedo. Não haverão muitos personagens. Haverá uma criatura marítima. Um garoto e uma garota. Amor e vida. Eu tento desenhá-los sem hesitação e tento ir contra uma época de stress e angustia. Um mundo onde a mágica não causa surpresa. Eu desenhei o oceano não como paisagem e sim como um personagem principal.". "Há alguns anos Miyazaki costumava dizer que queria desenhar o mar corretamente e dizia que gostaria de tentar fazer outro filme no mar e por isso agora está usando outro método." completou Suzuki.

Cada dia da pra sentir que a estréia de Ponyo está mais próxima. Para quem ainda não ouviu, no YouTube já tem a música tema do filme (infelizmente "cortada"). A música é cantada por Fujioka-Fujimaki e Ohashi Nozomi - pai e filha. A pedido do Miyazaki, eles cataram a música uma vez sem compromisso "só pra ver como ficaria" O diretor disse que havia gostado e que aquela seria a versão final da música! O resultado não poderia ser melhor.

5 de março de 2008

Joe Hisaishi

Por trás de um grande diretor, sempre há um grande compositor. Tim Burton tem o Danny Elfman, Shinichiro Watanabe tem a Yoko Kanno. Com o Hayao Miyazaki não poderia ser diferente. Joe Hisaishi é o cara que compôs praticamente todas as trilhas sonoras para o Miyazaki. Você pode achar o trabalho dele em Nausicaä, Laputa, Totoro, Kiki, Porco Rosso, Mononoke Hime, Chihiro e Castelo Animado.
Atualmente, Hisaishi está compondo a trilha sonora de Ponyo, que brevemente poderemos conferir nos cinemas entre outros filmes que não são do Studio Ghibli como I Want to Be a Shellfish; Afinal o Hisaishi-san também compões para muitos outros diretores, como o também genial Takeshi Kitano. Foi dessa parceria que surgiu Summer, uma das mais belas músicas do compositor. Já está a venda no site da Amazon o Image Album de Ponyo, mas a trilha final ainda não está terminada.

Nota: Image Album é um disco com uma trilha sonora feita baseada nos storyboards da animação, podendo ou não ser similar com a trilha sonora final do filme.


Não preciso nem dizer as músicas compostas pelo Joe Hisaishi são um espetáculo a parte, então mesmo pra quem não assistiu os filmes, vale a pena conferir! E não faltam fontes: você pode procurar as músicas no Emule, Limewire ou similares, baixa-las pelo site do Galbadia Hotel, ver os vídeos no You Tube ou baixar por Torrent.

E o cara é tão bom e tem tantos fãs que um sujeito muito talentoso resolver tentar tocar suas músicas no violão e ainda por cima disponibilizou a tablatura para quem quiser. E para os músicos, têm mais partituras aqui e aqui! Hisaishi é realmente o Einstein da música.